BRASÍLIA - A presidente Dilma Rousseff assinou nesta
terça-feira o decreto reajustando o salário mínimo de 2016 para R$ 880, a
partir de 1º de janeiro, um aumento de 11,6% em relação ao valor que vigorou em
2015.
O decreto será publicado na quarta-feira no Diário Oficial da
União.
Em novembro, o Brasil avaliou adiar aumentos do salário
mínimo no próximo ano para aliviar a pressão sobre as contas públicas mesmo que
a medida seja impopular e exija uma mudança na legislação.
A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff estudou uma
proposta para adiar por vários meses o reajuste do salário mínimo em janeiro,
que somaria R$ 40 bilhões em gastos extras no próximo ano, disse à Reuters um
assessor da presidente.
Atualmente a lei determina que o governo eleve o salário mínimo
a cada ano em janeiro, corrigindo-o pela inflação do ano passado e pelo
crescimento econômico dos dois anos antecedentes.
Mas adiar o reajuste teria um alto custo político para Dilma,
que enfrenta baixa popularidade, disseram o assessor e outra autoridade a par
do assunto.
Na época, o secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive,
disse que o adiamento do reajuste do salário mínimo não estava no rol de
medidas do governo.
Sobre a possibilidade de o governo contar com receitas do
leilão de hidrelétricas apenas no ano que vem, ante perspectiva de que os
recursos entrassem no caixa da União ainda em 2015, Saintive disse considerar
"legítimo que a receita caia no ano seguinte"
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