Os consumidores de energia
terão que pagar R$ 16,019 bilhões para custear gastos com subsídios e programas
sociais do governo embutidos na conta de luz no ano que vem. O valor representa
um aumento de 22,88% em relação às despesas deste ano, de R$ 13,038 bilhões.
Esse aumento deve ter um impacto médio de 2,14% nas tarifas em 2018.
Os números constam do
orçamento aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para a
Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo setorial que é bancado por um
encargo que onera as tarifas. Os subsídios na conta de
luz beneficiam diversos grupos de interesse. Na prática, o consumidor
residencial paga um valor adicional para permitir que outros possam ter
descontos tarifários. Todos os grupos beneficiados têm seus descontos
assegurados por lei.
Na proposta aprovada pela
Aneel nesta terça-feira, 19, os gastos totais da CDE vão atingir R$ 18,843
bilhões em 2018, um aumento de 17,8% em relação aos R$ 15,989 bilhões do ano
passado.
O fundo conta com apenas
R$ 2,824 bilhões de recursos próprios, que tem como renda taxa de uso do bem
público (UBP), pago pelos donos de hidrelétricas pelo uso da água, multas e
pagamento de empréstimos realizados no passado.
Somando despesas e
receitas, há um déficit de R$ 16,019 bilhões, que será repassado às tarifas
pagas pelo consumidor. O impacto médio nas
tarifas é de 2,14%, mas há uma diferença no peso da cobrança por regiões. Nas
regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, o impacto será de 2,72%, e no Norte e
Nordeste, de 0,77%.
Também há diferenças por
nível de tensão. Para a alta tensão, no Norte e Nordeste, o aumento será de
1,04%, e para o Sul, Sudeste e Centro-Oeste, 4,36%. Para a média tensão, 0,71%
no Norte e Nordeste e 2,57% no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. E para a baixa
tensão, 0,60% no Norte e Nordeste e 1,90% para Sul, Sudeste e Centro-Oeste.
Em média, no ano que vem,
cada usuário terá que pagar R$ 28,48 a cada megawatt-hora consumido para
arrecadar recursos para os beneficiários da CDE. No orçamento de 2018, o
maior impacto é a rubrica "descontos tarifários na distribuição", que
terá R$ 6,944 bilhões. Entre os beneficiados estão empresas que fornecem
serviços públicos de água, esgoto e saneamento, irrigantes, aquicultores e
agricultores. (Fonte: Notícias ao minuto)
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