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Alta
do desemprego, causada pela crise, levou pessoas a retornar programa de repasse
de renda em 2016.
Foto Reprodução Internet |
A recessão que atinge o país
desde o segundo trimestre de 2014 provocou, no ano passado, o retorno de pouco
mais de meio milhão de famílias ao Bolsa Família no país. São pessoas que
haviam saído do programa de transferência de renda até 2011, mas em razão do
desemprego em alta, viram-se na situação de pedir o reingresso.
Segundo dados do Ministério do
Desenvolvimento Social publicados pelo jornal O Globo, 519.568 famílias
solicitaram o retorno ao programa. A demanda já havia aumentado
significativamente, de 104,7 mil famílias em 2014, para 423,7 mil no ano
seguinte. A diminuição da quantidade desses pedidos deve acontecer à medida que
a economia volte a crescer.
A procura, incluindo quem já
foi beneficiário ou não do Bolsa Família, aumentou 33% nos últimos dois anos.
Em 2015, foram habilitadas 1,2 milhão de famílias – média de 105 mil por mês.
No ano passado, chegou a 1,6 milhão, ou 141 mil a cada mês.
Em janeiro, havia uma fila de
espera de 463,9 mil famílias para entrar no programa. O governo informou que
conseguiu incluir essas pessoas, e o saldo atual de habilitados que aguardam é
de 1,9 mil famílias.
Essa redução da fila ocorreu em razão do pente-fino
realizado no programa no segundo semestre do ano passado, somado ao reforço nas
fiscalizações. Com isso, houve desligamento de milhares de pessoas. Em 2016, 3
milhões de famílias tiveram o benefício cancelado por falta de atendimento aos
requisitos exigidos, enquanto 2,4 milhões foram incluídas.
Ao todo, 13,5 milhões de
famílias – cerca de 50 milhões de pessoas – são atendidas pelo programa. A
maioria – 75% do total – está concentrada nas regiões Nordeste e Sudeste. O
valor médio do benefício é de R$ 182 – a quantia varia conforme a renda familiar,
o número de dependentes e outros fatores.
Em junho do ano passado, o
governo de Michel Temer anunciou reajuste de 12,5% no Bolsa Família. A
administração estuda novo repasse aos benefícios a partir dos pagamentos de
julho, dessa vez com base na inflação dos últimos 12 meses encerrados no
período, o que deve resultar em um aumento entre 4% e 5%.
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