O deputado estadual
Roberto Costa (MDB) encaminhou ao presidente do Tribunal Regional Eleitoral do
Maranhão (TRE-MA), desembargador Ricardo Duailibe, ofício solicitando reforço
da segurança na cidade de Bacabal, onde ocorrerá eleição suplementar para
prefeito no dia 28 de outubro, data do 2º turno da eleição presidencial em todo
o Brasil.
No documento, o
parlamentar anexou diversas cópias de notícias dando conta do aumento da
criminalidade na cidade, com a proximidade do pleito. Ele pede a presença de
agentes da Justiça Eleitoral e tropas federais para garantir a tranquilidade
dos eleitores.
“Infelizmente, com a
proximidade do Pleito Suplementar na cidade de Bacabal, constata-se,
corriqueiramente, que a maior cidade da região do Médio Mearim virou verdadeiro
‘barril de pólvora’ prestes a explodir; ameaçando não só a segurança das
eleições de 2018, quanto os eleitores e candidatos”, destacou o emedebista.
Costa acrescenta que há
denúncias de máfias atuando no município, “levando terror” a eleitores. Ele
aponta, ainda, a suposta ação de agiotas.
“Já é de amplo
conhecimento no Município a atuação de agiotas e organizações criminosas que,
literalmente, ‘peitam’ a força policial, a Justiça e o Estado Constitucional -
abusando, inclusive, de poderio capaz de desequilibrar a isonomia das
eleições”, ressaltou.
Cassação
A eleição suplementar de
Bacabal ocorrerá no dia 28 de outubro, data do 2º turno das eleições gerais em
todo o país e foi autorizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em julho
deste ano.
Segundo o presidente do
TRE-MA, desembargador Ricardo Duailibe, a escolha da data visa a garantir
economia aos cofres públicos. “Ela [eleição na data do 2º turno] garante
economia de custos por aproveitar toda a logística utilizada no 1º turno das
eleições 2018”, explicou.
Uma nova eleição para os
cargos ocorrerá devido à manutenção, pelo TSE, do reconhecimento da
inelegibilidade de José Vieira Lins, eleito prefeito de Bacabal em 2016.
Vieira obteve 20.671 votos
em 2016 - contra 18.330 do deputado estadual Roberto Costa (MDB) -, mas teve o
registro de candidatura indeferido pela juíza Daniela de Jesus Bonfim Ferreira,
então titular da 13ª Zona Eleitoral.
O líder político está com
os direitos políticos suspensos porque foi condenado por improbidade
administrativa e enriquecimento ilícito. A condenação, pelo Tribunal de Justiça
do Maranhão antes da eleição de 2016, foi confirmada pelo Superior Tribunal de
Justiça (STJ) em 2017, o que ocasionou a cassação do, agora, ex-prefeito.
Mais
O TRE-MA já autorizou o
encaminhamento de 62 pedidos de envio de forças federais a municípios do
Maranhão no 2º turno. A decisão final sobre para onde o reforço será
efetivamente enviado é do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Do Abel Carvalho
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