No próximo dia 7 de
outubro, 147.302.354 eleitores
brasileiros poderão votar nos representantes políticos de sua escolha. Este
ano, além de eleger o novo presidente da República, os brasileiros em dia com a
Justiça Eleitoral vão escolher deputados federais, deputados estaduais ou
distritais, dois senadores por estado e o governador de cada uma das 27
Unidades da Federação.
O número oficial de
eleitores foi anunciado nesta quarta-feira (1º) pelo presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, durante a inauguração do
Centro de Divulgação das Eleições (CDE). As informações são oriundas do
Cadastro Eleitoral, banco de dados oficial sobre o eleitorado brasileiro, e
referem-se às estatísticas auditadas até o final de julho após o fechamento do
cadastro, no dia 9 de maio.
De acordo com os dados
divulgados, esses 147,3 milhões de eleitores estão distribuídos pelos 5.570
municípios do país, bem como em 171 localidades de 110 países no exterior. As
informações do eleitorado dizem respeito aos cidadãos brasileiros aptos a votar
no pleito deste ano. Outros 1.409.774 eleitores não poderão votar nem se
candidatar em 2018, por estarem com os direitos políticos suspensos.
Evolução do eleitorado
As estatísticas da Justiça
Eleitoral mostram que houve um aumento do eleitorado de 3,14% em relação às
últimas eleições gerais realizadas no país, em 2014. Naquele ano, 142.822.046
brasileiros estavam em condição de votar.
O quantitativo de
eleitores no exterior, em especial, teve elevação expressiva nos últimos quatro
anos, saltando de 354.184 para 500.727 eleitores em 2018. O aumento – de 41,37%
– é resultado de um esforço conjunto entre a Justiça Eleitoral e o Ministério
das Relações Exteriores para facilitar o cadastro de brasileiros residentes em
outros países.
Uma das medidas adotadas
foi a criação do Título Net Exterior, que reduziu a burocracia para o
alistamento e a transferência do eleitor que reside lá fora. Além disso, a
Justiça Eleitoral passou a permitir o uso do e-Título, aplicativo online que
substitui o documento em papel. Antes da novidade, a versão impressa precisava
ser transportada por mala diplomática para chegar ao eleitor emigrante.
Gênero e nome social
Segundo dados do Cadastro
Eleitoral, a maior parte do eleitorado brasileiro pertence ao gênero feminino.
Ao todo, são 77.337.918 eleitoras, o que representa 52,5% do total. Já o gênero
masculino reúne 69.901.035 cidadãos, representando 47,5% do eleitorado.
Pela primeira vez,
eleitores transexuais e travestis terão seu nome social impresso no título de
eleitor e no caderno de votação das Eleições 2018. Nome social é aquele que
designa o nome pelo qual transexuais ou travestis são socialmente reconhecidos.
A possibilidade da autoidentificação foi aprovada pelo Plenário do TSE no dia
1º de março deste ano.
Ao todo, 6.280 pessoas
fizeram essa escolha ao se registrarem ou atualizarem seus dados na Justiça
Eleitoral. Foram feitos 1.805 pedidos em São Paulo, 647 em Minas Gerais e 426
no Rio de Janeiro – maiores colégios eleitorais do país. No exterior, cinco eleitores
brasileiros também optaram por usar o nome social.
Faixa etária
De acordo com as
estatísticas da Justiça Eleitoral, a faixa etária com o maior quantitativo de
eleitores é a que reúne cidadãos entre 45 e 59 anos de idade. Eles somam
35.742.439 brasileiros, o que corresponde a 24,26% do eleitorado nacional. Em
seguida, estão os eleitores de 25 a 34 anos, que reúnem 31.149.869 pessoas –
21,15 % do total de eleitores.
Voto facultativo
Os jovens de 16 e 17 anos
representam 0,95% do eleitorado em 2018, num total de 1.400.617 pessoas. Esse
número refere-se ao quantitativo de eleitores que, em 7 de outubro, quando
ocorre o primeiro turno das Eleições Gerais 2018, ainda estarão nessa faixa
etária, e, portanto, poderão exercer seu direito facultativo ao voto. Os dados
apontam uma redução de 14,53% no número de jovens eleitores, uma vez que, em
2014, foram registrados 1.638.751 eleitores nessa faixa etária.
Já os eleitores acima de
70 anos, que também têm voto facultativo, são mais numerosos que há quatro anos. Em 2018, 12.028.495 eleitores nessa idade
podem exercer o direito de escolher seus representantes – um aumento de 11,12%
em comparação às eleições de 2014, quando 10.824.810 eleitores idosos podiam
votar.
Biometria
O número de cidadãos que
serão identificados por biometria também cresceu nestas eleições. Em 2018, eles
somam 73.688.208 eleitores (50,03% do total). Em 2014, o quantitativo de
eleitores com identificação digital em municípios com reconhecimento biométrico
totalizava 21.677.955 pessoas, o que correspondia a 15,18% do eleitorado. O
crescimento, de uma eleição geral a outra, foi de 239,92%.
A evolução é resultado de
ações da Justiça Eleitoral para identificar 100% dos eleitores por meio da
impressão digital até 2022. A medida visa prevenir fraudes e tornar as eleições
brasileiras ainda mais seguras, impedindo que um eleitor tente se passar por
outro no momento do voto.
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