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O texto, do senador Jorge
Viana (PT-AC), teve como relatora a senadora Simone Tebet (PMDB-MS). A PEC
altera a Constituição para tratar o estupro, juntamente com o racismo, como
crime “inafiançável e imprescritível”. Isso significa que o crime poderá ser
punido mesmo muitos anos depois de cometido. Atualmente, o tempo de prescrição
varia de acordo com o tempo da pena, que é diferente em cada caso. Esse tempo
de prescrição pode se estender até 20 anos. Para estupro de vulnerável, a
contagem só começa após a vítima fazer 18 anos.
Jorge Viana argumentou que
esse tipo de crime muitas vezes nem chega a ser notificado. Em outros casos, a
vítima só terá condições de denunciar o agressor depois de muitos anos, já que
muitas vezes a vítima é estigmatizada ou tem algum parentesco com o agressor.
Para o senador, a imprescritibilidade permitirá que a vítima se fortaleça e
denuncie no tempo necessário, impedindo que o estuprador acabe impune.
O Senado, ao aprovar a
PEC, faz história no sentido de uma sociedade mais justa. As crianças e os
adolescentes terão uma lei capaz de protegê-los melhor.
— Esta Proposta de Emenda
a Constituição é uma resposta, é uma voz que vai se sobrepor ao silêncio que
temos hoje desse quase meio milhão de crimes de estupro [por ano] que o Brasil
vive e silencia — disse o Senador Jorge Viana.
Fonte: Agência Senado
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