Mais de 560 políticos
maranhenses estão entre os potenciais inelegíveis por problemas nas prestações
de contas
A
controvertida decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de que a
desaprovação de contas não gera inelegibilidade do prefeito, nos termos da Lei
da Ficha Limpa, vale apenas para julgamentos feitos por Tribunais de
Contas dos Estados (TCEs) e não aos julgamentos de gestores públicos que tiveram
suas contas julgadas irregulares pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Dessa
forma, todos os 6.901 políticos da nova lista de fichas sujas divulgada
pelo TCU e entregue ao Superior Tribunal Eleitoral (TSE), na segunda-feira
15, podem ser alvos de ações de inelegibilidades propostas pelos adversários ou
pelo Ministério Público Eleitoral. O próprio juiz eleitoral pode também, por
conta própria, analisar os casos e declarar os candidatos inelegíveis, sem
necessidade de ser provocado.
Esse
entendimento está no próprio Recurso Extraordinário (RE) 848826, julgado no
último dia 10 pelo STF, quando o Plenário decidiu que
é exclusivamente da Câmara Municipal a competência para julgar as contas
de governo e as contas de gestão dos prefeitos, cabendo aos TCEs - e não ao TCU
- auxiliar o Poder Legislativo municipal, emitindo parecer prévio e opinativo,
que somente poderá ser derrubado por decisão de 2/3 dos vereadores.
Diferente
dos TCEs, que tem poder de apenas emitir parecer prévio e opinativo sobre
as contas do chefe do Executivo municipal, o trabalho do TCU é julgar gestores
das três esferas da administração: federal, estadual e municipal. Isso porque o
TCU pode julgar qualquer um, desde que o caso envolva mal o uso de recursos
federais, em ações irregulares como omissão no dever de prestar contas;
gestão ilegal, ilegítima ou antieconômica, ou ainda infração à norma legal de
natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional ou patrimonial; dano
ao Erário, e, por fim, desfalque ou desvio de dinheiro público.
Potencias inelegíveis
No
Maranhão, a lista atualizada do TCU aponta que pelo menos 563 políticos
estão entre os potenciais inelegíveis por problemas nas prestações de contas,
referente a convênios e contratos para prestação de serviços firmados com recursos
enviados pelo governo federal. Na relação anterior, entregue ao TSE em junho, a
quantidade de maranhenses fichas sujas era um pouco menor, de 549.
FONTE: Atual7
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