BRASÍLIA
- A presidente Dilma Rousseff quer aproveitar o Dia do Trabalho, 1º de Maio
(domingo), para anunciar um reajuste nos benefícios do programa Bolsa Família.
O índice do aumento ainda não está fechado, mas, no Palácio do Planalto,
auxiliares da presidente dizem que será na faixa de 5%.
Dilma
também foi aconselhada a conceder mais uma bondade neste domingo: um porcentual
de correção da tabela do Imposto de Renda, para compensar a inflação acumulada.
Ela pediu à equipe que refaça os cálculos sobre o impacto da medida no
Orçamento.
As
propostas integram o Programa Nacional de Emergência aprovado pela cúpula do
PT, em fevereiro, com sugestões ao governo para enfrentar a crise, e também são
defendidas pela Frente Brasil Popular.
A
intenção de Dilma é sair na frente do vice-presidente Michel Temer, que, se
assumir o governo, pretende focar nos 5% mais
pobres do País, como mostrou nesta quinta-feira reportagem do Estado.
Dilma
já está ciente de que não há mais como vencer a primeira etapa da batalha
do impeachment no plenário do Senado, programada para o próximo dia 11, mas
aposta no julgamento final da Casa, previsto para setembro. Com o impeachment
aceito, Dilma precisa se afastar do cargo por até 180 dias.
A
presidente deve participar da comemoração do Dia do Trabalho organizada pela
Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Vale do Anhangabaú, em São Paulo, ao
lado de seu padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva.
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