Eduardo Marciano é dono da NS Highfly Limousine, uma empresa de aluguel de limusines que atua em São Francisco (EUA) e tem chamado atenção por reivindicar uma suposta dívida de US$ 100 mil do governo brasileiro. Marciano afirma que o governo teria dado calote à sua empresa durante a viagem de Dilma Rousseff aos Estados Unidos. Na ocasião, entre os dias 16/06 e 17/06, quase trinta pessoas da NS Highfly Limousine - entre motoristas, telefonistas e secretária - teriam realizado um serviço de transporte da comitiva brasileira.
Segundo Marciano, 25 veículos, 2 ônibus, 1 caminhão baú e Sprinter van foram utilizados para transportar os "ministros e outras autoridades da presidência,a filha da presidente, chefes da secretaria, policias federais, policias do exército Brasileiro e da Marinha do Brasil, seguranças da escolta da Presidente, embaixador, conselheiros e secretários do Imaraty. O serviço foi realizado, mas Marciano afirma que ainda não recebeu o pagamento.
A história do caso - e de sua suposta saga para tentar conseguir receber o pagamento - foi publicada em seu Facebook na última quinta-feira (13/08). Até esta tarde, a postagem já contava com mais de 14 mil compartilhamentos. "O problema todo é que foi feito o serviço, mas o Consulado do Brasil não tem dinheiro para pagar. O serviço chega a quase US$ 100 mil. Já se passaram quase 2 meses e não me pagaram nada, nenhum centavo", escreveu. Ele afirma que já foi ao Consulado do Brasil em São Francisco onde foi informado que não havia dinheiro para pagar o serviço "pois nossa presidente está viajando e gastando mais do que tem nos cofres do governo". A última notícia que recebeu foi de que o dinheiro foi liberado, mas ainda é preciso esperar pela autorização do Itamaraty no Brasil.
Procurado pela reportagem, o Ministério das Relações Exteriores confirmou que o pagamento do serviço não foi efetuado. A assessoria de imprensa do ministério afirmou que já foram liberados os recursos para quitar a dívida na última sexta-feira, mas que ainda existem trâmites burocráticos que precisam ser resolvidos para que a empresa de Eduardo receba o dinheiro. A previsão do Ministério é que o pagamento seja efetuado totalmente nas próximas horas. O Ministério também afirmou que há uma imprecisão no relato de Eduardo. "Não foi utilizada nenhuma limousine para o transporte da comitiva. Apenas vans, carros pretos oficiais, caminhão e ônibus". A área internacional da Secretaria de Imprensa da Presidência da República confirmou que o pagamento não havia sido realizado antes por conta das dificuldades financeiras enfrentadas pelo Itamaraty devido aos cortes orçamentários e afirmou que a pasta está quitando dívidas com fornecedores não apenas desta viagem em específico como também de outras realizadas pelo governo.
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