O número de beneficiários
pagos pelo Bolsa Família registrou a maior queda em relação a um mês anterior
desde o início do programa, lançado em 2003. Entre julho e junho deste ano, o
número de benefícios encolheu em 543 mil famílias. O corte foi realizado em
razão de suspenções para avaliação e cancelamentos, de acordo com reportagem da
Uol. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) alerta para os riscos que os
cortes podem acarretar aos Municípios.
Ao todo, o programa pagou
12.740.640 famílias em julho. O número de bolsas pagas foi o menor desde julho
de 2010, quando 12.582.844 famílias foram beneficiadas. Mesmo com os cortes,
ainda há cerca de meio milhão de famílias aguardando para aderir ao programa,
mas sem qualquer previsão.
O Ministério de
Desenvolvimento Social e Agrário, responsável pela gestão do Bolsa Família,
culpou a política econômica do governo anterior pelos cortes, sem explicar de
fato as razões da redução.
Posição
CNM
O corte ou suspensão na
liberação dos benefícios tem impacto significativo na economia do Município,
porque quando os usuários deixam de receber o benefício, eles deixam de
consumir nos comércios locais, logo os pequenos comerciantes também perdem
receita.
Outro agravante é que o
corte no recebimento do benefício aos usuários, que ainda estão em situação de
vulnerabilidade e risco social, pode gerar novas demandas sociais, ou seja,
podem requerer sua participação em programas e serviços sociais, principalmente
os relacionados as demandas emergenciais, como o benefício eventual, que
geralmente trabalha com cestas básicas, aluguel social, e que são de inteira
responsabilidade financeira do Município disponibilizar.
Nesse sentido, os gestores
municipais correm o risco de ter que arcar com mais despesas na manutenção dos
serviços socioassistenciais
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